Para muitos assaltantes e outros criminosos o grupo de alegados traficantes de armas agora detido pela PJ fornecia um verdadeiro "supermercado" de armas a quem os procurava. Os valores que cobravam dependiam dos modelos, mas variavam entre os 300 euros aos 3000 euros ou mais. .A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), em inquérito dirigido pelo Ministério Público - DIAP de Loures, desencadeou hoje uma operação na sequência da qual identificou e deteve cinco membros desta rede e cinco alegados clientes, pela presumível prática dos crimes de tráfico e posse de armas proibidas. Os inspetores apanharam alguns deles em flagrante delito a comprar e a vender armas em buscas que decorreram na Grande Lisboa, Entroncamento, Vila Nova da Barquinha e Estremoz (no Alentejo), adiantou ao DN fonte policial. A maior incidência da atividade do grupo era na zona de Loures, onde foi aberto o inquérito que deu origem a investigação..Alguns dos detidos, com idades entre os 30 e os 50 anos, já têm antecedentes pelos crimes de tráfico e posse de armas proibidas mas também por furtos e roubos..Segundo o comunicado da PJ, os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas. Mas a comparência no tribunal de Loures só acontecerá amanhã, confirmou a Judiciária. Os dez detidos vão permanecer hoje na cadeia anexa ao edifício sede da PJ, em Lisboa.