Sociedade
15 julho 2017 às 09h54

"Os polícias eram deuses, agora são como nós"

Num bairro que se habituou a revistas sem motivo, a portas partidas, a balas perdidas, a não fazer queixa "porque não serve de nada", a acusação do MP à esquadra de Alfragide é como uma esmola demasiado boa: o pobre desconfia. É muito tempo sem justiça nem lei, de "preto vai para a tua terra", de "cala-te se não queres levar". A sede de uma espera só se estanca na torrente. Virá ela?

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Fernanda Câncio
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Fernanda Câncio