Um dos casos registados este ano em Portugal veio importado da Venezuela, o outro foi notificado quinta-feira. É um bebé de 11 meses, ainda sem idade para vacinação, e até ao momento não há indicação de mais contágios. Autoridades de saúde estão a monitorizar os contactados. A Direção-Geral da Saúde (DGS) apela à vacinação.
O caso da criança de 11 meses foi notificado no Algarve. Graça Freitas, subdiretora-geral da Saúde, explica ao DN que o bebé está bem e internado apenas para vigilância. "É uma criança portuguesa e pelo inquérito epidemiológico que está a ser feito terá sido contagiada por um familiar próximo que vive noutro país da União Europeia que veio a Portugal e que entretanto já regressou ao local de origem. Não foram encontrados outros casos, mas ainda estamos no período de incubação", explica.
Razão pela qual quer a DGS e as autoridades de saúde do Algarve estão a monitorizar todos os contactos. "Estamos atentos a qualquer situação suspeita e temos a creche sob vigilância, embora a criança já lá não fosse há algum tempo por uma situação de doença anterior. Se houver casos nos possíveis contactos podemos antecipar a primeira dose da vacina para os seis meses ou dar imunoglobulina para idades mais precoces", adianta.
O sarampo é muito contagioso, por norma benigno, mas que pode provocar casos graves, mesmo mortais. Portugal não regista um surto há mais de 10 anos e no ano passado recebeu o certificado da Organização Mundial da Saúde da eliminação da doença, o que não invalida casos importados. A taxa de cobertura vacinal é superior aos 95%, essencial para impedir a transmissão do vírus, mas existem pequenas bolsas suscetíveis que a DGS quer minimizar, estando os centros de saúde a chamar as crianças que tenham a vacina em atraso.