Apesar de a votação ter sido secreta, Carlos César disse não ter dúvidas de que o fracasso foi culpa do PSD - garantindo que no PS não faltaram ao candidato os votos necessários já que Correia de Campos é entre os socialistas uma figura "icónica" e "consensual".
O PSD, disse ainda o líder do parlamentar, cometeu por isso uma "falha grave do ponto de vista da honra parlamentar " ao falhar no seu "compromisso" com o PS para se obterem no hemiciclo os dois terços de votos favoráveis necessários para a eleição.
Segundo César, agora a votação só será repetida depois das férias parlamentares - hoje foi o último plenário antes de férias - e o PS ainda não decidiu se manterá ou não a candidatura do antigo ministro da Saúde, algo que também dependerá do próprio
Na votação participaram 221 deputados. Os dois terços de votos favoráveis obter-se-iam com 140 votos a favor. Mas Correia de Campos obteve apenas 105 votos a favor (a que se somaram 93 votos em branco e 23 nulos).
Ao todo, o PSD (89 deputados) e o PS (86 deputados) perfazem 175 votos, o que seria mais do que suficiente para se alcançarem os dois terços necessários para a eleição do presidente do CES.
A eleição foi bem sucedida para todos os restantes órgãos externos (cinco juízes para o Tribunal Constitucional, três elementos da nova Entidade de Fiscalização do Segredo de Estado e sete vogais para o Conselho Superior de Magistratura.