O presidente do PS, Carlos César, manifestou este sábado o seu apoio pessoal à candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa, considerando que tem a "distância útil" e a "proximidade política e estratégica mais conveniente" para os socialistas.
"Creio que a candidatura de Sampaio da Nóvoa tem a distância partidária útil e suficiente, e a proximidade política e estratégica com o PS mais conveniente para um voto consciente de um socialista em Portugal", declarou César à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS.
O dirigente "rosa" caracterizou também como "ajuizada" a opção oficial do PS de conceder liberdade de voto aos seus militantes nas eleições para a Presidência da República, alegando há dois candidatos em disputa provenientes da área socialista: o ex-reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa e a antiga ministra da Saúde Maria de Belém.
Confrontado com as críticas feitas pelo ex-primeiro-ministro e ex-líder socialista José Sócrates ao facto de o PS não ter dado qualquer apoio oficial a um candidato presidencial, o presidente dos socialistas disse desconhecer essa posição, mas demarcou-se.
"Não creio que isso seja correto. O PS fez e faz muito bem em não ter uma posição oficial de apoio a qualquer dos candidatos. Cada um dos socialistas fará muito bem em não se esquecer de votar nesta eleição presidencial e em ter a sua opção própria", contrapôs.
Em defesa da posição de não apoio oficial do PS a qualquer dos candidatos presidenciais em disputa, o líder da bancada socialista alegou que "estas eleições presidenciais têm uma tipicidade própria".
"Estamos perante candidaturas que derivam da vontade própria de cada um dos candidatos e o voto também deve ter correspondência individual. Estamos perante uma eleição em que o fator mais importante a ponderar não são os apoios partidários, mas os apoios dos eleitores e a posição de cada uma dos candidatos que não se apresentam em nome de partidos políticos", alegou ainda o presidente do PS.
Carlos César referiu depois que uma das consequências a evitar, havendo mais do que um candidato da área do PS, era uma "fratura" dentro do seu próprio partido.
"Não podia ser conduzido um processo fratricida. Nestas circunstâncias, havendo dois candidatos da área do PS, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém, penso que é ajuizado deixar aos militantes e aos eleitores do PS a escolha livre", argumentou ainda.