"Eu sei que há muita gente que está indecisa. Há muita gente que sabe que não é possível votar no PS, porque nos trouxe ao ponto a que nós chegámos, e há também muita gente que sabe que o PSD não é convincente e que não merece o prémio de um voto", frisou.
O líder do CDS-PP falava aos jornalistas durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja, na capital do Baixo Alentejo, a qual, lembrou, visita todos os anos, com ou sem eleições. Dirigindo-se a essa faixa de eleitores que, disse, está "indecisa", Paulo Portas fez questão de salientar que as próximas legislativas são "uma situação excecional", pelo que "o voto é excepcional".
"Não precisam de concordar com tudo o que CDS pensa, nem eu lhes vou impor tudo o que o CDS pensa. Mas o CDS é melhor nesta circunstância", assegurou. Segundo Portas, o seu partido está melhor posicionado para o que "interessa verdadeiramente" ao país neste momento. "Que Portugal saiba pagar o que deve, pôr a economia a crescer, evitar a exclusão social, dar os jovens a esperança de que se pode subir na vida pelo trabalho e tratar da justiça", afirmou.
Se for dada resposta a estes cinco pontos, continuou Paulo Portas, "ajudamos o país a sair do atoleiro em que está". Nas eleições de 5 de Junho, de acordo com o líder do CDS-PP, "as pessoas vão ligar muito menos a emblemas e a siglas" partidárias.
Questionado quanto às sondagens hoje divulgadas por vários órgãos de comunicação social, que mostram um crescimento do CDS-PP nas intenções de voto, Portas lembrou o que tem sido a sua atitude em anteriores atos eleitorais, quando as sondagens eram "horríveis" para o partido que lidera.
"Eu fazia boa cara perante a tempestade e dizia 'não vai ser assim' e não era. Se eu não comentava sondagens que eram más para o CDS, também não vou comentar sondagens que são boas para o CDS", disse. Contudo, Paulo Portas ainda acrescentou, com alguma ironia: "A única coisa que vou comentar é que até as sondagens já descobriram que o CDS vai ser a surpresa destas eleições".