Rui Vitória poderá conseguir no sábado um feito que poucos treinadores do Benfica se podem orgulhar: ser campeão nacional nas duas primeiras temporadas ao serviço do clube da Luz.
O técnico contratado no início da época passada ao V. Guimarães poderá, em caso de vitória precisamente diante da sua ex-equipa, juntar-se aos húngaros Lippo Herczka e Béla Guttmann, ao inglês Jimmy Hagan e ao sueco Sven--Göran Eriksson neste lote restrito, num universo de 41 treinadores que orientaram os encarnados em jogos a contar para o campeonato nacional.
Destes quatro treinadores, dois deles conseguiram sagrar-se tricampeões nos três primeiros anos no clube, são os casos de Herczka (1935-/36, 1936-37 e 1937-38) e Hagan (1970-71, 1971-72 e 1972-73), um recorde que Vitória poderá perseguir na próxima época, no caso de consumar a conquista do atual campeonato, para a qual lhe basta amealhar mais dois pontos nas duas jornadas que faltam disputar.
A conquista da Liga permitirá ainda a Rui Vitória tornar-se o treinador com mais troféus conquistados nas duas primeiras épocas ao serviço do Benfica, com um total de quatro, aos quais ainda poderá juntar a Taça de Portugal, cuja final disputará com o V. Guimarães, no Estádio Nacional, no dia 28 deste mês.
O máximo que um treinador do Benfica conseguiu nos dois primeiros anos foram três troféus, casos de Guttmann (dois campeonatos e uma Taça dos Campeões), Eriksson (dois campeonatos e uma Taça de Portugal) e o húngaro Lajos Baroti (campeonato, Taça de Portugal e Supertaça). Para já, Rui Vitória já conquistou a Liga portuguesa, a Taça da Liga e a Supertaça no início desta temporada.
Jonas aponta a mais um degrau
Os dois jogos que faltam disputar na Liga poderão ser muito importantes para Jonas, uma vez que o avançado pode tornar-se o segundo melhor marcador estrangeiro da história do Benfica em jogos de campeonato. O brasileiro soma 63 remates certeiros e está a apenas um do sueco Mats Magnusson, que representou o Benfica entre 1987 e 1992.
Ainda assim, Jonas fica ainda distante do paraguaio Óscar Cardozo, que em sete épocas de águia ao peito apontou 112 golos no campeonato, uma marca que nos tempos mais próximos será difícil de igualar.