A pressão sobre o atendimento da Agência para as Migrações, Integração e Asilo (AIMA) está a aumentar. Prestes a completar seis meses de atividade, cresce a insatisfação dos imigrantes com a falta de vagas, o atraso no envio dos documentos renovados e as contradições sobre o título da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nos últimos meses, diversos protestos foram realizados, especialmente pela dificuldade em contatar a agência. As críticas vão desde aqueles que são o propósito da AIMA, estrangeiros que vivem em Portugal, até associações representativas e advogados.
O DN sabe que, neste momento, são apenas 70 funcionários para atendimento ao público nos balcões espalhados pelo país. A insatisfação ocorre mesmo entre os funcionários e muitos pediram mobilidade - recusada pra já, mas que pode ser solicitada novamente em breve e sem possibilidade de recusa pela segunda vez.
Artur Girão, presidente do sindicato que representa os funcionários, reconhece a necessidade de investimento em pessoal, mas pontua as dificuldades de contratação no serviço público. Girão avalia que a AIMA é um “bebé” - discurso que é recorrente entre funcionários, sabe o DN.”É um bebé que está a crescer, vai precisar aqui de algum apoio, precisava-se, afinal, ter um bocadinho menos de pressão sobre ela para poder crescer e desenvolver-se, mas as circunstâncias são o que são”, explica.